domingo, 15 de maio de 2011

Réveillon em Salvador

O tutúuuu dos morteiros ecoam no céu de Salvador. A comemoração em pleno domingo de chuva, no inverno baiano, tem um único motivo. O apito final do campeonato baiano. Quem desembarcasse aqui hoje apostaria que o time da capital levou a taça. Mas não. Ganhou o Bahia. Bahia de Feira. Feira de Santana. O Vitória morreu na praia. Novamente. Os torcedores do Bahia fizeram a festa. O Bahêa! de Salvador.

Apenas dois times disputam a atenção - e o coração - dos soteropolitanos. Ao contrário do Rio, onde quatro grandes dividem as emoções e as provocações dos cariocas, aqui só dá Vitória e Bahia (de Salvador). Imagine como é. Mesmo de fora do campeonato estadual, o tricolor adora pegar no pé do adversário, na pior depois de ter sido rebaixado para segundona do campeonato brasileiro.

Outro dia fui testemunha no elevador de uma cena clássica. O ascensorista virou para o médico distraído e perguntou: "O senhor vai assistir ao Ba-Vi?".  "Ba-Vi? tem isso não rapaz". "Tem sim doutor. É o Ba-Vi genérico", gargalhou. O médico deu um sorriso amarelo, mas seguiu confiante. Certamente achou que ganharia fôlego nessa disputa e tiraria onda após jogo de hoje. Não deu. Amanhã no elevador a conversa vai ser outra. Da-lhe provocação!

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