quarta-feira, 16 de março de 2011

Dicas para brincar e ser feliz na folia de Salvador

Eu sei, eu sei.. o Carnaval já acabou. Mas não podia deixar de liberar esses últimos posts sobre a folia baiana. Faltou tempo semana passada pra atualizar o blog. Juro: termina hoje o meu repertório momesco. A seguir, algumas dicas para curtir e ser feliz no Carnaval da Bahia. É a impressão de quem curtiu a festa pela primeira vez - então veteranos podem atirar a primeira pedra que vou botar meu bloco na rua. Vamos lá:


- VIXE! - As imagens da TV mostram um Carnaval abarrotado de gente para todos os lados. É verdade. A cada ano só aumentam os dígitos dos milhares de foliões que escolhem a cidade para curtir a folia. Mas gente! quando o trio passa dá para circular pela avenida numa boa. E até pegar carona na música ao final da corda. Dependendo do trio, é possível sim curtir a pipoca. É apertado, espremido, mas que dá, dá. Só não tente fazer isso no trio do Chiclete com Banana. Como dizem por aqui: Vixe Maria!

- ESPAÇO - Experimentei a pipoca duas vezes. Não segui o trio por todo o circuito. Minha disposição tem limite, moçada!! Mas senti a diferença nos trechos da orla da Barra por onde passei. Quem não é muito fã de confusão mas quer ver a festa de perto sugiro que escolha as áreas mais largas da avenida, como em frente ao morro Ipiranga e em Ondina. Logo no comecinho, na Barra, o espaço da calçada é mais apertado.

- TROCA-TROCA - Quer um exemplo? Sai em um bloco no sábado. Deixei a corda em frente ao camarote de Daniela Mercury, meu destino depois do trio. Desfilamos um quarteirão inteiro na pipoca. Sem tantos problemas, se comparado ao que estava por vir.

- PIPOCA - Na hora que dobrei a esquina...., meu rei!, tinha gente em cada milímetro daquele chão, na rua ao lado do Barracenter. Éramos três. Respiramos fundo e fomos adiante. O corpo tem que continuar seguindo o ritmo da música. E o mais importante, pelo menos para a minha sobrevivência: deixe-se levar pelo embalo dos foliões ao seu lado. Divirta-se mesmo nos momentos de maior aventura... e pronto! rsrs

- VIP - Um segurança que escoltava uma artista, quase na nossa frente, desistiu logo no começo da rua - ossos do ofício. Nós chegamos felizes ao outro quarteirão - e olha que era eu, uma mulher, que puxava o grupo.

- BEBIDINHAS - Cada camarote tem seu estilo. Antes de comprar seu passaporte pesquise bem. Além do preço e da localização, investigue se tem comida e/ou bebidas liberadas. Para quem se importa: pergunte também as marcas da cerveja e do uísque. Isso, pelo menos para mim, faz uma diferença...

- VITRINE - O espaço é fundamental. Para circular mais à vontade e principalmente para ver de "camarote" o trio passar. Nos que possuem a varanda mais apertada, a disputa é enorme. Dificilmente você vai conseguir assistir ao show mais de pertinho. A não ser que garanta seu lugar desde cedo e não saia dali nem que o Brad Pitt apareça na sua frente. Vai encarar?

- DE COSTAS -  Tem muita gente que não tá nem aí. Escolhe o camarote para ver e ser visto, beijar na boca e ser feliz. Do seu jeito.

- SHOW - Este ano, como falei antes, alguns camarotes contaram com passarelas e palcos especiais para os artistas. Os cantores deixavam os trios em uma grua e faziam participações especiais, bem de pertinho, para os foliões que pagaram pelo espaço. Vou listar alguns: Camarote do Reino, com Durval Lélis, do Asa de Águia; Cerveja & Cia, com Ivete Sangalo; e Camarote Salvador, com vários artistas - de Ivete a Jammil.

- CAMAROTE-PRAIA - O Camarote Salvador, aliás, mudou de lugar este ano. Bombou. Certamente o lugar com mais gente-jovem-bonita por m² na cidade. No fundo, tinha até a praia de Ondina iluminada como cenário (praia de verdade, viu gente!) para o descanso dos foliões.

- SAÍDA - Existem algumas regras para chegar aos camarotes que ficam do lado da praia. Confira antes a programação dos trios daquele dia. Chegue mais cedo ou em um horário de intervalo entre os músicos, bom momento para atravessar a avenida. Na hora da saída valem as mesmas dicas. Para quem não está acostumado ou tem medo de multidão, deixe o camarote logo depois que o trio terminar de passar. Assim você ganha tempo para chegar a uma rua mais tranquila, antes que o próximo se aproxime.

- TRIO - Assim como camarote, cada trio tem seu esquema. Pesquise se a bebida, água inclusive, é liberada ou se tem que pagar durante o percurso. Não esqueça de perguntar o preço. Para programar a grana no bolso.

- DINHEIRO CONTADO - Aliás, tome cuidado. Tem muito furto na folia. Leve somente o dinheiro necessário e um documento de identidade. Guarde no bolso da frente. Bolsa nem pensar, viu mulheres. E atenção com o celular na hora de tirar foto!!!

- SALTE DESSA - Esqueça as sandálias de salto alto no Carnaval. Aqui você anda um bocado para chegar a seu destino. Mesmo para quem se aventura de táxi. O engarrafamento é desesperador perto do circuito e nem sempre dá para ficar no lugar desejado. A dica é válida tanto para quem sai de abadá (esse então nem se fala) quanto para quem comprou camarote.

- À FRANCESA - Se você não se importa em deixar seu pé e a coluna destruídos que tal  imitar as francesas? Elas saem de casa para trabalhar de tênis ou com sapatos bem confortáveis. Andam, andam, andam, pegam metrô e depois tiram da bolsa o saltinho básico. Pronto! Chegam lindas, leves e soltas bem pertinho do seu destino. O único problema no Carnaval é pular com uma bolsa à tira colo. Mas isso é o de menos, né não?

-  OUT CIRCUITO - O Rio Vermelho tem tudo para virar o circuito alternativo do Carnaval de Salvador. Lá, as cordas são liberadas e os blocos levaram muito além do axé para as ruas.

- PELÔ - O Pelourinho também é uma boa opção. Tem banda de fanfarra (aquelas que valorizam os instrumentos de sopro e percussão) para crianças e shows à noite para os adultos.

- ELEVADOR - O elevador Lacerda não deu conta de tanta gente que queria curtir a folia no Pelourinho. A fila dobrava quarteirões (ões mesmo!)!!!!!

- COMPRAS INFLACIONADAS - Encontrei por acaso com uma carioca. Não a conhecia. Ela estava espantanda com os preços nas alturas em Salvador. "Comprei um quilo de açúcar por R$ 5!", reclamou. Mas onde, perguntei? "Na loja de conveniência", disse. Gente, em qualquer lugar - pelo menos do Brasil - grandes eventos inflacionam nossas despesas. No Rio, no réveillon por exemplo, até mercadinho tinha remarcado as mercadorias no Leme. Por tanto, vale uma dica. Não é minha, mas da costureira que fazia o meu e o abadá dela: "Minha filha, procure lugares com preço tabelado. Vá no supermercado".

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